Pets: É possível viver em harmonia com os bichos

24/06/2020 |
Assunto: , Animais & Veterinária, Condomínios

Cumprir as regras do condomínio e usar o bom senso é fundamental para a boa convivência

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Eles são amáveis, companheiros e amigos para todas as horas. Fiéis escudeiros, sempre esperam seus donos chegar em casa com brilho no olhar e esperança de passar momentos felizes junto deles. Já descobriu quem são os personagens principais da nossa matéria? Se você pensou nos pets, acertou! Sejam eles gatos, cachorros, porquinhos da índia, pássaros, hamsters, dentre outros bichinhos, um animal de estimação pode mudar a vida de uma família, e para melhor – é comprovado que quem tem afeto e carinho por algum bichinho, se sente mais feliz.

Assim como os filhos, ter um animal requer planejamento. Para quem mora em condomínio, os cuidados são redobrados, o que inclui cumprir à risca as regras da convenção condominial. Mas é possível viver de forma tranquila, em paz com os vizinhos? A psicóloga Thamirys de Lima Romeiro acredita que sim! Ela, que já chegou a ter quatro pets no apartamento onde mora com a família há 27 anos, na zona norte do Rio, diz nunca ter tido problema com os demais moradores e visitantes do prédio. Thamirys conta que a principal regra do condomínio é que os animais estejam de coleira e guia nos elevadores e nas dependências do empreendimento.

“Me preocupo com a segurança das pessoas que circulam no prédio e também com o bem-estar dos meus animaizinhos, por isso sempre tomo os cuidados necessários ao sair de casa com eles. Houve um tempo em que vivi com duas yorkshires, uma chow-chow e uma boxer, todas fêmeas, e foi uma experiência maravilhosa. Lembro que certa vez uma vizinha ficou admirada quando me viu com as quatro, justamente porque eu nunca tive problema algum. Minhas meninas sempre foram educadas e fáceis de lidar”, destaca a psicóloga.

Para ela, o perfil dos moradores e as regras do condomínio ajudam a determinar o tipo de convivência que terão. “O prédio onde moro é muito tranquilo e quase todos os vizinhos gostam de pet. Mas acredito que deve, sim, existir um cuidado maior. Não posso deixar um cão de porte grande pular em um vizinho idoso, por exemplo, ou descer com os cachorros sem coleira, sabendo que posso passar por crianças. Às vezes os pais não gostam e precisamos respeitar. A mesma precaução vale para visitantes”, explica Thamirys.

ATENÇÃO À LEI E AO BOM SENSO

Por outro lado, Thamirys acredita que vizinhos e visitantes que não têm animais devem respeitar quem os têm e, igualmente, usar o bom senso. Ela está certa! A Constituição de 1988 mudou as relações sociais, inclusive dos humanos com os animais. Segundo a lei maior do nosso país, os condomínios não podem proibir a presença de animais domésticos no interior das unidades residenciais. No entanto, podem regular sua permanência e trânsito nas áreas comuns. Neste caso, o direito à propriedade e à liberdade individual são prestigiados.

Por falta de conhecimento jurídico, algumas convenções condominiais e até leis municipais tentam criar restrições sobre o porte dos animais ou a quantidade deles. Segundo Marcia Duarte, gestora Imobiliária da Hilmar, alguns condomínios tentam impor em sua convenção, por exemplo, que animais só podem circular pela escada ou no colo do tutor. “É importante lembrar que essa norma é ilegal, assim como também é arbitrária a regra que impede que visitantes acompanhados de seus pets visitem os condôminos. Por outro lado, é importante que os donos dos animaizinhos busquem um comportamento adequado para a manutenção da boa convivência da vizinhança”, esclarece Marcia.

Para Thamirys, na dúvida, use o bom senso. “O respeito mútuo é o segredo da boa convivência”, afirma ela. “Nesse aspecto, quem não tem pet deve respeitar quem tem e vice-versa. Se colocar no lugar do outro e buscar ter harmonia sempre dão certo quando moramos em condomínio”, conclui a psicóloga, que hoje tem uma yorkshire e uma bulldog francês.

Confira algumas dicas de boa convivência que podem ajudar a evitar conflitos nos condomínios e lembre-se: o bom senso é sempre a melhor atitude!

* O animal não deve oferecer risco à saúde e à segurança das pessoas e de outros animais;

* Mantenha a higiene do local onde os pets fizerem suas necessidades. Todas as dependências do condomínio são compartilhadas e cabe aos tutores dos pets limpar a sujeira de seus animais de estimação.

* Latidos contínuos podem incomodar os demais condôminos. Se o cãozinho está fazendo muito barulho, o ideal é procurar saber o motivo e tratá-lo para que o latido seja amenizado. Por outro lado, os moradores devem ter em mente que é da natureza dos animais emitir sons para se expressar e se comunicar.

* Em caso de cão de grande porte ou de raça considerada agressiva, a orientação é que se use focinheira ao acessar o elevador.

* Como nem todo mundo gosta de animais de estimação, às vezes optar por usar o elevador de serviço quando for transportá-lo pode ajudar a reduzir conflitos.

Fonte: Revista Hilmar 41

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