Notícia do Jornal Diário do Rio de 21 de setembro de 2021
“RJ realiza licitação para a implantação de câmeras nos uniformes de policiais. Ao todo, serão adquiridas 22 mil câmeras operacionais portáteis que armazenam imagens por até 1 ano.
O Governo do RJ deu início à licitação para a implantação das câmeras operacionais portáteis para órgãos de segurança e fiscalização do Estado do Rio. A disputa ocorrerá de forma on-line e levará em conta o menor preço unitário por item.
Apenas empresas cadastradas poderão participar. Essa é a maior licitação desta ferramenta já feita no Brasil.
Na primeira fase de funcionamento serão contempladas as secretarias de Polícia Militar, Polícia Civil, Governo (Segurança Presente e Lei Seca), Casa Civil (Operação Foco) e Fazenda (fiscais), além do Detran, Inea e Detro. Na segunda fase, será a vez do Procon, Instituto de Pesos e Medidas e Departamento de Recursos Minerais.
A instalação de câmeras portáteis nos uniformes dos agentes civis e militares dos órgãos de segurança pública e fiscalização foi estabelecida por decreto do governador Cláudio Castro. Além de proteger os servidores em casos de falsas acusações, o uso do equipamento vai aumentar a transparência e a fiscalização das ações policiais. As imagens geradas em função de ocorrências poderão ficar armazenadas por até um ano.” – Leia a notícia na integra
Há anos de minha existência a instituição pública que mais faz experimentos e depois desiste da busca de resultados é a polícia. Se não vejamos:
* A ronda apelidada de Cosme e Damião faliu, mas volta de vez em quando. Agora tem o nome substituído para Polícia de Aproximação.
* A implantação de Polígonos de Segurança, coberturas móveis onde permaneciam viaturas, faliu.
* Cabines de Segurança onde por vezes a sociedade assumia o ônus da construção, mas o batalhão não abastecia com policiais. Não se faz mais.
* Upps: considerada um sucesso na administração do Beltrame, foram desativadas.
* Veículos monitorados por GPS com enormes antenas no teto. Não se vê mais.
* Câmeras de segurança instaladas nas vias e monitoradas em sala própria nos batalhões, muitas vezes não tinha policiais para tais serviços.
* Sistema 190: contrato pago a uma empresa particular que infelizmente não se comunica com agilidade nem realiza feedback para verificar erros e correções.
* BO digital, o site nunca tem estabilidade para o atendimento.
* Dupla de policiais de moto, em ronda. Durou pouco.
* Combate sistemático ao jogo de bicho. Seus pontos em logradouros públicos continuam funcionando livremente, evoluídos com máquinas eletrônicas para registrar o jogo.
Enfim, o fracasso da instituição ou seu pouco crédito não é culpa dos policiais servidores e sim dos gestores políticos que não determinam que os programas de segurança devem se manter consolidados no decorrer dos anos.
Agora, copiando os países mais adiantados, implantarão as câmeras nos uniformes – o que é excelente – mas resta a indagação: Por quanto tempo irá perdurar?