AUSÊNCIA EM REUNIÕES CONDOMINIAIS CHEGA A 60%

16/06/2019
| Colunista: , Edison Parente
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Assunto: , Condomínios

Renascenca20190616

Uma pesquisa feita pela empresa Lello Condomínios, especializada em administração imobiliária, com prédios e moradores da cidade de São Paulo, apontou que 60% dos condôminos ignoram as assembléias, tanto ordinária como extraordinária. Contudo, esse fato não se resume apenas a capital paulista, na cidade do Rio de Janeiro e em diversas outras cidades brasileiras essa também é uma realidade.

O estudo comprovou que ainda prevalece, entre os brasileiros, a cultura da aversão aos encontros deliberativos, mesmo que sejam de interesse das coletividades pelo caráter sempre importante das decisões. A falta de mobilização, o desinteresse da relação com o vizinho, o desleixo na defesa dos interesses, a transferência de obrigações para outros, são algumas das desculpas dadas e usadas para que não se compareça as reuniões condominiais. O problema acaba sendo ainda maior quando essa ausência se dá nas importantes reuniões das Assembléias Gerais Ordinárias, que discutem temas estratégicos para o condomínio, como eleição do síndico, aprovação orçamentária e avaliação de contas.

A presença de condôminos raramente supera os 40% de comparecimento. O mesmo se repete com as Assembléias Gerais Extraordinárias, cujos encontros são deliberativos para garantir o funcionamento cotidiano do prédio, que diz respeito à segurança, obras, benfeitorias, regulamentação condominial, entre outros itens preventivos e emergenciais.

A pesquisa ainda apontou que as assembleias campeãs de audiência acontecem quando o número de presentes chega a 80% dos condôminos. São aquelas que têm em sua pauta temas polêmicos como o sorteio de vagas de garagem porque, nesse caso, quem não comparece acaba ficando com os piores lugares para estacionar seu veículo no condomínio. A importância da presença maciça das pessoas nas reuniões de condomínio é imensa para o desenvolvimento e bem-estar de todos. Não ir às reuniões condominiais é aceitar que as decisões tomadas pelos presentes sejam as melhores, porém, muitas vezes essas medidas poderão atrapalhar ou aumentará os valores que o condômino deverá pagar, porém, uma vez batido o martelo nas reuniões, dificilmente se poderá voltar atrás. Além disso, o trabalho para refazer reuniões e tomar decisões já tomadas anteriormente poderá atrasar todo o processo evolutivo do condomínio.

Fonte: Renascença Revista Eletrônica – Out/Nov/Dez 2018

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