Viver em condomínios é a principal opção de quem é assolado
pelas demandas urgentes da vida moderna
Nos condomínios, se tem a segurança de contar com os serviços de portaria e vigilância, a facilidade proporcionada por jardineiros e portões eletrônicos, e, principalmente, o conforto gerado por todas estas mordomias.
E se, do portão para dentro, tudo lhe agradou na hora de comprar ou alugar, ótimo, mas continue atento. Além dos limites do condomínio é que mora o perigo.
As características da vizinhança devem ser decisivas antes de fechar um negócio, para evitar o risco de dores de cabeça e arrependimentos. A presença de estabelecimentos comerciais e de serviços públicos pode valorizar ou desvalorizar o condomínio, dependendo da proximidade. Quase todo mundo quer morar próximo ao ponto de ônibus, mas ninguém quer um em frente à janela de seu quarto.
Pesquisas do mercado imobiliário apontam que a desvalorização do imóvel, e isto inclui preço para locação e venda, pode chegar a 20%, dependendo dos vizinhos. Escolas, universidades, bares, casas noturnas, delegacias de polícia, prontos-socorros, pontos de ônibus, feiras livres, igrejas, templos religiosos, ginásios poliesportivos, funilarias e oficinas mecânicas são os principais responsáveis por esta queda nos preços. O ruído e o trânsito gerados, neste caso, justificam o desinteresse por morar em um condomínio próximo a um destes pontos. E esta indiferença pode obrigar o proprietário a baixar os preços.
Por outro lado, a proximidade com estações de metrô pode valorizar unidades habitacionais a um raio de até um quilômetro de distância. Em geral, quando estão muito próximos, equipamentos urbanos e serviços públicos geram desconforto e desvalorização. Se estas facilidades ficam próximas, mas não estão coladas ao condomínio, o efeito é inversamente proporcional.
Em bairros com condomínios de alto padrão, até mesmo a existência de uma via comercial pode significar desvalorização dos imóveis e baixa no interesse. Moradores de imóveis de alto padrão e mais sofisticados em geral prezam pelo silêncio e pela privacidade. E, neste sentido, rejeitam a presença de unidades comerciais e do consequente fluxo de veículos e pessoas que elas trazem ao bairro. Não por acaso, a escolha deste público acaba recaindo sobre condomínios residenciais fechados, em que há controle de acesso por portarias. E, por conta disso, tranquilidade.
Nos limites do condomínio
Não só a vizinhança pode ser decisiva para quem quer morar em um condomínio, a infraestrutura de lazer do prédio e o perfil dos moradores podem influir na decisão. Em geral, idosos preferem não ter suas janelas voltadas para o playground, onde as crianças pequenas de outros casais se divertem pela manhã, à noite e em qualquer dia da semana. O raciocínio lógico é: Se não vou utilizar o parquinho, por que pagar por ele?
O mesmo vale para a piscina e a churrasqueira. Quem não gosta de receber amigos para um churrasco ou não liga para a piscina (acreditem, existe gente assim) pode preferir um condomínio sem estas melhorias e que, consequentemente, terá custo de manutenção mais baixo.
Fonte: ML Administradora