A terceira maior causa de mortes no mundo
A falta de infraestrutura para suportar e receber a nova demanda ocasiona recordes de engarrafamentos em muitas cidades. Além da superlotação nas vias e estradas de acesso, há um problema ainda mais grave, que é a violência no trânsito. O aumento de veículos nas rodovias, além de trazer transtornos, mata milhares de brasileiros, principalmente jovens.
A violência no trânsito pode ser observada pela troca de ofensas entre motoristas, desrespeitos à legislação e até mesmo com a morte nas vias. Além de gerarem problemas momentâneos como desentendimentos e estresse, levam a perda de vidas.
Em torno de 95% dos desastres viários do país são o resultado de uma combinação de irresponsabilidade e imperícia, sendo que o principal problema está relacionado à ineficiência do poder público na aplicação das leis.
Outro fator para o grave percentual de violência no trânsito está relacionado às soluções arrecadatórias para o trânsito, como as multas, e quase nenhuma atenção à formação de motoristas e pedestres.
Outro dado alarmante: cerca de 90% das colisões fatais são ocasionadas por erro humano. Ou seja, para diminuir a violência no trânsito, um dos caminhos é mudar a cultura, qualificar os motoristas e conscientizar a todos sobre os perigos e os impactos desse tipo de violência em nossa sociedade.
Causas da violência no trânsito
Entre as principais falhas causadas pelos brasileiros nas ruas e estradas estão: usar o celular ao volante e dirigir alcoolizado. Em 21% dos acidentes, ao menos um dos condutores havia bebido antes de dirigir.
Outra causa comum da violência no trânsito é a de dirigir colado na traseira do carro à frente, sendo que esta prática responde por 12% dos acidentes registrados nas rodovias federais.
Dirigir acima da velocidade permitida também é apontada como uma das principais causas dos acidentes de trânsito. O desrespeito com a sinalização é responsável por 12% dos acidentes no Brasil. Além disso, outra infração comum é não ligar a seta.
Trocar de faixa sem ligar o sinalizador obriga o motorista que se encontra na pista ao lado frear bruscamente, o que nem sempre é possível de ser feito, provocando a batida.
Deixar de usar o cinto de segurança é uma das maiores imprudências cometidas pela população, pois isso coloca a vida de todos os passageiros em risco. Em uma colisão frontal a 60 km/h, o indivíduo que não usa o cinto é arremessado com um peso equivalente a mil quilos, podendo esmagar quem está a sua frente. Diversos óbitos no trânsito ocorrem por conta desta infração.
Problemas psíquicos e emocionais
Não se pode esquecer que a violência no trânsito afeta o psicológico das vítimas e pessoas ligadas ao acidente. Uma criança que perde seus pais nessa situação terá que levar isso para toda a vida.
Estudos que acompanham vítimas de acidentes de trânsito relatam que cerca de 30% delas ainda sofrem desordens psiquiátricas após 18 meses
Direção defensiva
Uma das ações mais diretas e efetivas que qualquer motorista pode começar a empregar agora mesmo, é dirigir defensivamente. A direção defensiva protege quem está dirigindo e todas as pessoas que estão ao seu redor.
E para praticar uma direção defensiva, algumas dicas devem ser levadas em consideração:
* Realize manutenções preventivas em seu veículo;
* Reduza a velocidade quando estiver próximo a um cruzamento;
* Antes de realizar uma conversão ligue a seta antecipadamente;
* Mantenha uma distância considerável do veículo a frente. Assim, você consegue evitar algum acidente, caso ele cometa algum erro;
* Respeite as leis e regras de trânsito sempre;
* Esteja sempre atento. O celular pode distrair muito a sua atenção podendo causar acidentes;
* Para os pedestres: vale sempre lembrar de olhar os dois lados antes de atravessar e sempre atravessar na faixa;
* Para os veículos: sempre pare quando as pessoas iniciarem a travessia. E espere elas terminarem de cruzar, mesmo que o sinal tenha ficado verde;
* Nunca dirija sob efeito de álcool, drogas, com sono ou estresse, pois estar abalado psicologicamente pode prejudicar suas percepções.
Por fim, a regra básica tanto para o trânsito, quanto para a vida, é ter empatia pelo próximo e pensar no bem-estar de todos. Se cada um fizer sua parte e cuidar para preservar a vida do outro, todos nós estaremos protegidos e cada vez mais seguros no trânsito.
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