Reformar ou demolir?

30/12/2021 |
Assunto: , Construção & Reformas, Imóveis

Veja o que observar antes de tomar a decisão

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Ao comprar um imóvel antigo, é comum a dúvida se é melhor reformar ou demolir e construir de novo.

A decisão pode representar um grande problema, caso não seja tomada corretamente e pode gerar consequências difíceis de gerenciar e custos acima do previsto.

O arquiteto Marcio Gifford, especialista do ramo, orienta sobre o que considerar na hora de reformar um imóvel.

Apartamentos: normas requerem atenção

É preciso muita atenção quando pensar que só uma reforminha resolve o assunto. Atualmente, para reformas em apartamentos, é necessário um profissional que se responsabilize pela obra e entregar toda a documentação da reforma para o síndico do prédio.

Isso inclui projetos de arquitetura (quando houver modificações de paredes), elétrica e hidráulica (quando houver modificações de pontos de elétrica e hidráulica), memoriais descritivos e dos documentos de responsabilidade pela obra, seja o RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) emitido por arquitetos, ou a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) emitida por engenheiros.

Sem essa documentação, existe uma grande probabilidade de o condomínio não autorizar a obra ou até embargá-la.

Imóveis de rua (casas e lojas): reformar ou demolir?

Dependendo do estado do imóvel e do projeto que se quer implantar, é recomendável avaliar se é melhor reformar ou demolir o imóvel e construir outro novo. Para isso, é importante considerar os seguintes pontos:

* Analise todos os projetos existentes e observe o histórico das obras realizadas, para se ter uma real ideia da condição do imóvel;

* Derrubar paredes, trocar telhados e fazer alterações estruturais na planta original, na fundação e alvenaria pode não compensar, dependendo do projeto que se quer implantar. Por isso, é preciso avaliar o custo da reforma em comparação ao de uma nova construção, com um orçamento bem detalhado;

* Em caso de demolição total do imóvel, a nova construção deve obedecer à legislação atual, que em determinados casos exige recuos frontais que podem ser de 4 metros ou mais.

* Além disso, é necessário cumprir todos os demais itens exigidos para a construção do imóvel, como recuos laterais, recuo de fundo, área permeável, taxa de ocupação do terreno e área máxima construída, entre outros.

Recomendações para todos os tipos de imóveis

* É importante conferir se as plantas existentes estão de acordo com a realidade construída (o que nem sempre acontece). Com isso, é possível evitar as surpresas que podem acontecer durante uma reforma e que acabam encarecendo o preço inicial da obra.

* Ter projetos e planejamento na execução é fundamental, pois a falta deles sempre encarece uma obra, seja ela reforma ou construção.

* A troca da parte hidráulica e elétrica de um imóvel antigo é sempre recomendável e é melhor fazê-la durante a reforma, pois se for deixada para depois poderá ser necessário quebrar todo o trabalho executado;

* É necessário estudar e avaliar bem para que a parte reformada do imóvel não destoe da parte não reformada. Isso evita que depois seja necessário realizar uma grande reforma, com um custo e prazo de obra muito acima do desejado.

* Os custos variam de acordo com a região e o padrão dos acabamentos escolhidos.

Pesquisar preços de materiais é a melhor dica para quem vai construir ou reformar, pois sempre existem promoções que podem gerar uma grande economia na obra.

Sugerimos ao comprador sem conhecimento do tema que leve um profissional especializado para avaliar o imóvel antes de fechar o negócio. Isto evita frustrações após a compra do bem.

Fonte: ML Administradora
+ML Administradora de Imóveis

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