Os esquimós costumam caçar os lobos de uma maneira engenhosa, apesar de considerá-la muito cruel. O esquimó espalha uma camada de sangue de um animal sobre a lâmina de uma faca bem afiada. Depois, a congela e repete o processo até que a lâmina fique totalmente encoberta e imperceptível. Em seguida, finca a faca no chão com a lâmina voltada para cima.
O lobo sente o cheiro do sangue, segue seu faro e descobre a isca. Ele começa a lamber o sangue congelado e, impulsionado pelo seu apetite insaciável, lambe cada vez mais e sofregamente. Em questão de minutos, ele comeu todas as camadas de sangue congelado, e a lâmina desponta ameaçadora. No entanto, seu desejo de banquetear-se não permite que ele perceba o perigo e a faca começa a cortar a sua língua, depois a sua garganta, e o lobo passa a devorar o seu próprio sangue. Seu apetite incontrolável o destrói. No dia seguinte, seu corpo sem vida é encontrado sobre a neve.
O tema deste artigo diz respeito à vida financeira, a partir do orçamento. Aliás, você faz o seu orçamento? Saiba que a regra número um da boa saúde financeira reside em não gastar mais do que ganha. Todavia, o apetite voraz pelo consumo sem controle, a partir somente do que ganha, leva-o ao desequilíbrio financeiro, chegando até o endividamento por meio das duas piores iscas de crédito que os bancos armam para você: cheque especial e cartão de crédito. Essas duas operações, hoje, cobram juros exorbitantes. Só para lembrar, o custo do dinheiro no Brasil é medido pela taxa SELIC, a diferença entre os juros cobrados e a taxa SELIC vai para os banqueiros. O chamado spread bancário, considerado o maior do mundo atualmente.
Pegue o seu extrato bancário e veja o quanto paga de juros todo mês, multiplique por 12 meses. É quanto os bancos levam de você anualmente, seu dinheiro, que poderia ser gasto nos seus sonhos, mas por falta de controle e planejamento o destrói financeiramente. Alguns, presos na armadilha dos bancos, já incorporaram o cheque especial à sua renda mensal, impulsionados pelo apetite insaciável por dinheiro para cobrir as contas e pagar dívidas contraídas. É preciso mudar já e abandonar este modelo mental equivocado. Acredite, é possível!
A boa matemática financeira ensina que, se ganho 2 e gasto 1, meu resultado será sempre 3, 4, 5. Por quê? Porque abre espaço para uma vida equilibrada onde posso constituir reservas ou investimentos que possibilitarão realizar os meus sonhos de forma planejada e no tempo devido, agregando valor a minha existência. O orçamento ainda é a melhor ferramenta financeira para ajudá-lo nessa missão de saber quanto ganha e qual o custo mensal da sua vida ou da sua família. É a melhor forma de perceber para onde vai o seu dinheiro todo o mês e assim começar a controlá-lo.
Primeiro, é preciso entender que o resultado do orçamento, quando elaborado, leva-o a três posições financeiras:
Superavitária: Quando suas Receitas superam as suas Despesas;
Deficitária: As Receitas são menores que as suas Despesas;
Equilíbrio ou Nula: Quando suas Receitas são iguais às suas Despesas.
Isso se aplica tanto às finanças da família quanto ao seu negócio. Claro que a meta orçamentária é buscar sempre a primeira posição, ou seja, superavitária, pois a diferença positiva é que cria riqueza para você. Portanto, quando o assunto é planejamento financeiro por meio do orçamento, o modelo ideal é: 2–1=3. Receita (2) e Despesas (1). Entendeu?
Desafio você a praticar está lógica financeira simples, mas com resultados fantásticos que o levarão a alcançar a liberdade financeira, fazendo as melhores escolhas no tempo certo. A hora é agora. Boa sorte!
“Começar, já é metade de toda a ação” – Provérbio Grego
Fonte: Revista Elos
Joel Leandro