Carlos Drummond de Andrade foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX
Carlos Drummond de Andrade nasceu dia 31 de outubro de 1902 em Itabira do Mato Dentro, no interior de Minas Gerais. Desde pequeno demonstrou grande interesse pelas palavras e pela literatura. Em 1916, ingressou no Colégio em Belo Horizonte.
Dois anos mais tarde, foi estudar no internato jesuíta no Colégio Anchieta, no interior do Rio de Janeiro, Nova Friburgo. Em 1919, foi expulso do colégio jesuíta por Insubordinação Mental ao discutir com o professor de Português. Assim, retorna a Belo Horizonte e a partir e 1921 começa a publicar seus primeiros trabalhos no Diário de Minas.
Formou-se em Farmácia na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte, porém não exerceu a profissão.
Em 1926, ministra aulas de Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira e trabalha como redator-chefe do Diário de Minas.
Continuou com seus trabalhos literários e em 1930 publica seu primeiro livro intitulado Alguma Poesia.
Um de seus poemas mais conhecidos é No Meio do Caminho. Ele foi publicado na Revista de Antropofagia de São Paulo em 1928. Na época, foi considerado um dos maiores escândalos literários do Brasil.
Trabalhou como funcionário público durante grande parte de sua vida e se aposentou como Chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público.
Em 1982, com 80 anos, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Drummond faleceu em dia 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro. Morreu com 85 anos, poucos dias após a morte de sua filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, sua grande companheira.
FRASES
* Tudo é possível, só eu impossível.
* Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer.
* Precisamos educar o Brasil.
* Meu verso é minha cachaça. Todo mundo tem sua cachaça.
* Podemos beber honradamente nossa cerveja.
* Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante.
* O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols como Pelé. É fazer um gol como Pelé.
* A liberdade é defendida com discursos e atacada com metralhadoras.
* O povo toma pileques de ilusão com futebol e carnaval. São estas as suas duas fontes de sonho.
* Se meu verso não deu certo, foi seu ouvido que entortou.
* Há muitas razões para duvidar e uma só para crer.
* No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.
* Como as plantas a amizade não deve ser muito nem pouco regada.
* As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter.
* Os que amam sem amor não terão o reino dos céus.
* Depressa, que o amor não pode esperar!
* O cofre do banco contém apenas dinheiro; frustra-se quem pensar que lá encontrará riqueza.
* Não é fácil ter paciência diante dos que têm excesso de paciência.
* Stop. A vida parou ou foi o automóvel?
* Ora afinal a vida é um bruto romance e nós vivemos folhetins sem o saber.
* Deus me abandonou no meio de uma orgia, entre uma baiana e uma egípcia.
* E o amor sempre nessa toada: briga perdoa briga perdoa.
* Sexo, esse minúsculo ponto feminino, em torno do qual gira a máquina do mundo.
* O fato ainda não acabou de acontecer e já a mão nervosa do repórter o transforma em notícia.
* Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata…
* Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.
* A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.
* Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.
* Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.
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