Pensando Bem – Alain de Botton

05/11/2023 |
Assunto: , Cultura

Alain de Botton (20/12/1969 – Zurique, Suíça) é um escritor e produtor residente em Londres, famoso por popularizar a filosofia e divulgar seu uso na vida quotidiana

PensandoBem20231105De Botton é um ateu convicto, e propaga essa filosofia de vida em seus livros e entrevistas. Ele entende que as pessoas se tornam adeptos de uma religião, pois ela consegue manter a saúde emocional e dar sustentação psicológica para se aceitar e conviver com difíceis questões humanas, como morte, as desilusões e decepções no amor, na relação com a família etc.

Em 1993, seu primeiro livro, Essays In Love (Ensaios de Amor), analisou o processo de como as pessoas se apaixonam e depois se desiludem. O estilo de seu livro foi incomum, pois misturava elementos de uma novela com reflexões e análises normalmente feitas em obras de não-ficção.

No entanto, Alain de Botton não recebeu reconhecimento mundial até a publicação de sua primeira obra de não-ficção, How Proust Can Change Your Life (Como Proust pode mudar sua vida), em 1997. O livro foi baseado na vida e nas obras de Marcel Proust. É uma mistura de autoajuda envolvida em ficção que ironicamente é uma resposta a um dos mais reverenciados livros do cânone ocidental. O livro se tornou best seller nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha.

De Botton escreve regularmente colunas para alguns jornais britânicos, incluindo o The Independent e tem mais de 15 livros publicados.

FRASES 

* Talvez seja verdade que nós não existimos realmente até que alguém note a nossa existência, que não dizemos nada até que alguém possa entender a essência daquilo que estamos dizendo, e que só estamos completamente vivos até sermos amados.
* Não existe essa coisa de equilíbrio entre vida e trabalho. Tudo que vale a pena lutar desequilibra sua vida.
* Ama seus filhos e eles serão capazes de superar você. Ignore seus filhos e eles vão ser obcecados por você por toda a vida.
* O momento em que choramos num filme não é aquele em que as coisas são tristes mas quando se tornam mais bonitas que aquilo que esperávamos que viessem a ser.
* A nossa maior prova de lealdade para com outra pessoa é a nossa monstruosa deslealdade com todos os outros.
* As pessoas só ficam realmente interessantes quando começam a sacudir as grades de suas gaiolas.
* É um sinal de que duas pessoas tenham parado de amar uma a outra (ou pelo menos parado de desejar fazer o esforço que constitui noventa por cento do amor) quando não são mais capazes de transformar diferenças em piadas.
* As pessoas nunca são totalmente boas ou más, o que significa que amá-las ou odiá-las tem necessariamente em sua base um elemento subjetivo e talvez ilusionista.
* Talvez as pessoas mais fáceis de se apaixonar são aqueles sobre os quais não sabemos nada.
* Trancados em nossos casulos privados, a mídia passou a ser a principal maneira de imaginar como são as outras pessoas, e, como consequência, esperamos que todos os estranhos sejam assassinos, golpistas ou pedófilos – o que reforça o impulso de confiar apenas nos poucos indivíduos que já foram selecionados por redes familiares e de classe.
* Todo mundo nos envia de volta um sentido diferente de nós mesmos, para nos tornarmos um pouco do que eles acham que nós somos.
* Não era mais a sua ausência que me feria, mas minha crescente indiferença a isso.
* Nossa dor vem da distância entre aquilo que somos e aquilo que idealizamos ser.
* Nunca é tarde para aprender algumas coisas básicas e embaraçosamente óbvias sobre si mesmo.
* Qualquer um que não se sinta envergonhado por quem ele era no ano passado, provavelmente não está aprendendo o suficiente.
* As pessoas que se apaixonaram por parceiros inadequados fizeram uma ligação inconsciente entre amor e sofrimento e vivem à espera de que seus parceiros mudem seu comportamento e aprendam a amar.
* Tendemos a nos apegar a uma noção fixa das emoções, como se existisse uma linha entre amar e não amar que pudesse ser cruzada somente duas vezes, no início e no fim de um relacionamento, em vez de transposta minuto a minuto.
* Os prazeres de se depender de alguém empalidecem perto dos medos paralisantes que essa dependência envolve.
* Estar apaixonado sempre significa sofrer?
* Há um anseio por uma retorno ao tempo em que não precisávamos fazer escolhas, livres do remorso pela inevitável perda que toda escolha (no entanto maravilhosa) acarreta.
* Que alguém não seja compreendido é um sinal de que há muito a compreender.

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