Cada um de nós tem o poder de reduzir ou agravar esse ambiente hostil em que vivemos
Não há soluções simples ou rápidas. A cultura da violência precisa ser percebida nas suas múltiplas manifestações.
Ela está presente na banalização das agressões físicas ou verbais dentro de casa (normalmente homens oprimindo mulheres), na tolerância irresponsável aos episódios de bullying nas escolas, no algoritmo das redes sociais que recompensa mensagens beligerantes com mais engajamentos (likes e curtidas), na moderação frouxa dessas redes (que acolhem tutoriais para o cometimento de suicídios, homicídios, massacres etc.), nos gritos de guerra das torcidas organizadas turbinando batalhas campais, na transformação da política em ringue de luta livre, entre outros exemplos.
É preciso levar a sério os debates em favor de uma cultura de paz, onde as diversas manifestações de violência sejam progressivamente estudadas, combatidas e rejeitadas.
Cada um de nós tem o poder de reduzir ou agravar esse ambiente hostil em que vivemos. É preciso ouvir os estudiosos, conhecer seus trabalhos, investigar os resultados concretos de boas práticas que promovem a saúde mental, a segurança pública, o acolhimento às vítimas da violência, a inclusão da cultura de paz nas escolas, entre outras iniciativas.
É preciso fazer mais e melhor. Agora!
Fonte: Mundo Sustentável
André Trigueiro
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