Hoje, celebramos o Dia de Finados, quando vamos aos cemitérios para lembrar nossos entes queridos e orar pelos que não têm ninguém que ore por eles.
Vamos então lembrar e orar por todos os falecidos em nosso amado país.
Meus pêsames pelas águas do nordeste e por todos os animais que morreram pelo óleo derramado por lá.
Meus pêsames pela Floresta Amazônica que a cada dia perde mais uma lei capaz de protegê-la da destruição.
Nossos sentimentos por todas as vítimas de desabamentos, incêndios, acidentes de carro e de balas perdidas, civis e/ou policiais.
Nossa oração mais contrita vai pela morte da vergonha na cara de nossos juízes, deputados, senadores e membros do executivo.
Choramos de saudade de nossas escolas onde crianças respeitavam os professores, o aprendizado acontecia pela sede do saber e não por uma boa classificação entre as escolas mais bem sucedidas no ENEM.
Levamos flores e clamamos pela piedade dos céus por aqueles tempos em que acreditávamos na Justiça, quando o Supremo Tribunal Federal ainda era considerado digno de confiança e, sobretudo, pedimos piedade por esta pouca vergonha envolvendo processos judiciais onde hoje um é condenado, amanhã é perdoado, condenado outra vez, e, em discussão, a possibilidade de ser libertado novamente. Nosso dinheiro gasto inutilmente pagando advogados que prolongam ad eternum os processos milionários envolvendo criaturas que não merecem sequer o direito de existir, não roubaram um relógio, um celular ou um carro! Estes senhores tão veemente defendido por estes diabólicos advogados roubaram inúmeras vidas embolsando o dinheiro das escolas, dos hospitais, da segurança pública e da pavimentação de nossas estradas.
Se você for ao cemitério, procure o túmulo do nosso Brasil e ore por ele. Ore muito e renove sua fé na ressurreição dos corpos.
De minha parte, continuarei tentando acreditar que nosso país não morreu, como o gigante do nosso hino, ele está adormecido, quase em coma, mas ainda passível de retornar à vida, mas, neste dia de finados, ficarei de luto, chorarei as perdas e ressuscitarei a esperança que, como todos sabem, é a última que morre.
Fonte: Jornal Jacarepaguá em Destaque