Higienização: Ar do carro fica melhor

01/08/2019
| Colunista: , Flavio Leal
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Assunto: , Ar-Condicionado, Automóveis, Motos e Bicicletas, Saúde

Tem gente que prefere nem tocar no botão do ar-condicionado, quando dá carona. É que um cheiro nada agradável sai dos dutos e invade a cabine quando o acessório é acionado, causando um constrangimento enorme.
AutoCooler20190801O odor é sinal da proliferação de fungos e bactérias, que podem causar coriza, febre, tosse e outros sintomas.

Para se livrar do mau cheiro e consequentemente dos inimigos invisíveis, a higienização ajuda e vai bem além de colocar um cheirinho agradável dentro do carro.

É preciso usar bactericida próprio para ar-condicionado automotivo. A aplicação é simples, pouco custosa e pode ser feita em cerca de 15 minutos.

Já recebi clientes que conviveram com o odor desagradável por muito tempo e quando chegam à oficina dão logo o diagnóstico. “Tem que abrir o painel para a retirada de um possível animal morto”.

Para cortar o problema pela raiz, a verificação e eventual troca do filtro de ar de cabine deve estar atrelada à higienização.

A função do componente é reter partículas e absorver odores e gases que entram para a cabine do automóvel. Quando não substituído, o filtro pode acumular mais resíduos do que suporta e até mesmo mofar e apodrecer.

A periodicidade da troca vai depender do uso do automóvel. Não há quilometragem prevista, mas o motorista deve entender que, se roda em uma cidade grande e poluída, a vida útil da peça é menor.

Orientamos que o equipamento deve ser acionado ao menos uma vez por semana, mesmo no inverno. Outra dica é desligar o ar-condicionado alguns minutos antes de parar o carro, para dar tempo de haver secagem natural dos dutos antes de o veículo ficar completamente fechado.

POLUIÇÃO

A troca do filtro de cabine já foi considerada por muita gente como gasto desnecessário ou até luxo. Mas a qualidade do ar no carro virou questão de saúde.

Estudo divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2016 mostra que a poluição é o principal causador de problemas de saúde no mundo, levando 3 milhões de pessoas à morte por ano em todo o planeta.

O médico e presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, Eduardo Servolo de Medeiros, afirma que o ar-condicionado, de modo geral, torna o ambiente interno do automóvel menos saudável, já que resseca as mucosas dos passageiros e aumenta a chance de infecções.

Se o equipamento não tem manutenção adequada, a propagação de micro-organismos nocivos aumenta e pode gerar uma série de complicações respiratórias.

“As chances de quadros de sinusite, rinite e até pneumonia e asma são reais. Passamos por vários processos irritativos quando inalamos essas bactérias. Quem tem a imunidade um pouco pior sofre mais”, diz Medeiros.

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