Como se reconectar com a vida profissional de maneira saudável
A síndrome do super homem ou da mulher maravilha. Assim enxergo o burnout. Um transtorno que acomete a maioria das pessoas que têm um nível de exigência e perfeição acima da média.
Você sente que está passando por um momento de estresse, onde o trabalho cobra mais do que poderia?
Muitas vezes, o processo de burnout pode se tornar um problema grave em sua rotina, fazendo-o até mesmo se afastar de seu trabalho. Entretanto, é possível dar a volta por cima e explorar uma mudança de vida que será essencial para a evolução de sua vida profissional, de maneira saudável.
As características mais comuns encontradas em quem sofre essa síndrome é ter que provar o seu valor o tempo todo, dificuldade em se desligar do trabalho, relaxar e ter momentos de prazer e lazer, socializar, viver em constante insatisfação consigo e com os outros (nunca está bom o bastante), fugir de problemas pessoais e situações mal resolvidas na vida, ter dificuldades em alinhar a vida profissional com a pessoal, mudanças repentinas de comportamento, humor inconstante, não saber dizer não e assumir responsabilidades além do que cabe à pessoa, entrando muitas vezes em situações abusivas.
Vivenciando esse ciclo, a pessoa chega a uma estafa física e mental, levando-a muitas vezes a realizar as coisas de forma automática, perdendo o prazer e conexão com a própria vida.
Muitas pessoas têm vivido algumas dessas situações, principalmente por conta da pandemia, uma vez que a vida profissional exigiu ainda mais responsabilidade e organização, principalmente com a migração para home office, onde a vida pessoal está ali presente também. Para as mulheres, então, que neste período dar conta de tudo é quase imperativo, a síndrome fica ali à margem.
Para evitar o desgaste extremo, é muito importante ter momentos de conexão consigo mesmo, tirar alguns minutos para olhar para si, seja por meio de uma atividade física, meditação, yoga, alimentação saudável, terapias ou conexão espiritual. Simplesmente parar para relaxar, ainda que seja difícil, já leva a outro espaço de conexão, reorganização mental, priorização de valores que fazem sentido.
Esse comprometimento com corpo mente e espírito deve ser diário e leva à desconexão dessa matrix de trabalho corporativo, que muitas vezes cria dissociação da realidade e da vida.
É muito importante também que práticas de bem estar sejam adotadas pelo próprio ambiente corporativo a fim de evitar que a síndrome de burnout acometa os colaboradores. Por mais que exista responsabilidade pessoal, é importante a cooperação da empresa a fim de evitar o número de absenteísmo e alta rotatividade, mantendo assim os níveis de produtividade e satisfação.
Para quem sofre da síndrome, o mais importante é mudar as lentes, começar a se colocar em primeiro lugar, percebendo e acolhendo as imperfeições. Além disso, criar um novo mindset de que está tudo bem, não dar conta de tudo e não ser o melhor em tudo, revisitando as definições de sucesso que tem para si.
A proposta é destruir modelos e padrões que levam a pilotos automáticos exaustivos e irreais, abrindo espaços para novas possibilidades de vida que nem haviam sido cogitadas por conta da procrastinação da própria vida, identificando as crenças e o que vem causando as emoções negativas e estresse, de forma a trabalhar e mudar o que não está contribuindo para uma vida mais plena e realizada.
Nem sempre será possível realizar mudanças individualmente, portanto recomendo a ajuda profissional de psicólogos, terapeutas, psiquiatras, coaching ou mentoring a fim de criar esse novo mindset e estilo de vida mais saudável.
Fonte: Plataforma da Vida
Daniele Costa