Dar atenção, conversar e brincar têm papel transformador na vida das crianças
A importância do começo
Você sabia que aquela brincadeira de esconde-esconde com um paninho que todo bebê gosta, além de render boas risadas, causa uma verdadeira revolução na cabeça da criança, estimulando milhares de conexões entre os neurônios? E que, mesmo ainda na barriga da mãe, a criança já começa a aprender?
Estudos científicos de diversas áreas, como neurociência, psicologia do desenvolvimento e sobre os impactos de políticas públicas voltadas para a infância, têm apontado que o período de maiores possibilidades para a formação das competências humanas ocorre entre a gestação e o sexto ano de idade.
E mais: o que o bebê aprende no início da vida tem impactos profundos no futuro. É nessa fase, chamada primeira infância, que o cérebro mais se desenvolve em termos estruturais. São os anos mais ricos para o aprendizado.
A boa notícia é que é possível aproveitar essa janela de oportunidade, com potencial de impulsionar o desenvolvimento da criança e gerar impactos no destino dela, com pequenas mudanças de atitude. A primeira pode parecer singela, mas talvez seja uma das mais importantes: o olhar. Estabelecer o vínculo por meio da troca de olhares entre a mãe e a criança durante a amamentação, por exemplo, transmite segurança e sensação de amparo.
Estímulo e acompanhamento na primeira infância podem quebrar ciclos de pobreza e vulnerabilidade
A segurança emocional que o olhar carinhoso transmite do cuidador para o bebê proporcionará a formação de vínculos mais fortes e seguros. Um conjunto de ações de atenção às necessidades do bebê e da criança pequena transforma o cuidador em uma base segura para a criança explorar o mundo e aprender com maior rapidez.
Seja em famílias que podem proporcionar um ambiente estimulante, seja em famílias mais pobres e com maiores dificuldades para conseguir isso, a atenção de quem cuida da criança para com ela fará muita diferença.
Ação e reação
A cena é comum, crianças entretidas pela televisão ou vídeos na internet enquanto os pais ganham um tempinho para os afazeres domésticos, por exemplo. O problema é o excesso. Entreter a criança colocando-a em frente a uma tela não proporciona interação. A imagem não responde à criança.
O desenvolvimento do cérebro exige um estímulo responsivo, ou seja, que envolva resposta. Um sorriso, por exemplo, não terá outro sorriso aprovando a atitude da criança. Por isso, a chave para o sucesso está amparada em duas palavras: ação e reação.
É preciso haver essa percepção. Quando o bebê sorri, ele precisa ver o resultado de sua atitude. Quanto maior a variedade de estímulos e reações experimentados, mais seguras serão as respostas da criança.
Está comprovado que amar, brincar e cuidar são os principais fundamentos para o desenvolvimento das crianças, principalmente porque o vínculo é sinônimo de segurança. É esse laço que permite à criança se soltar para dar passos mais longos, aprender mais e enfrentar o mundo. É preciso reciprocidade. Se a criança não achar que existe um ponto seguro para ela, ela não vai se soltar.
Dar atenção, conversar e brincar têm papel transformador na vida das crianças. Tudo é baseado nas relações estabelecidas. E, para isso, é preciso tempo.
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Fonte: Ministério da Cidadania