1975-1992
O Opala Comodoro aliava conforto e esportividade na medida certa, quando chegou ao mercado nos anos 70. Ele era no início uma versão de luxo, que depois ficou abaixo da nova versão Diplomata, a partir de 1979.
Com marcas de respeito como a Ford e a Chrysler vendendo modelos de luxo, a Chevrolet não poderia ficar de fora desse nicho e resolveu apostar numa nova versão do Opala, seu modelo mais luxuoso: o Opala Comodoro.
A nova versão de luxo do Opala, o Opala Comodoro, assim como as demais versões, aliava a excelência do projeto alemão à mecânica robusta norte americana, mas vinha com um requinte que os demais modelos não tinham.
Para se diferenciar dos irmãos, o Opala Comodoro apresentado em 1975 vinha com pintura metálica (item exclusivo da linha Comodoro) e teto revestido de vinil, no sedan ele cobria o teto todo e no cupê somente uma parte do teto era revestido com o material.
Isso fora os detalhes externos cromados que reforçavam ainda mais a essência de sofisticação que o modelo tinha.
No quesito motorização, o Opala Comodoro usava o motor 2.5 de quatro cilindros ou o potente motor 4.1 litros, com 31,3 kgfm de torque já disponíveis a 2.400 rpm.
Para reforçar o lado esportivo, a Chevrolet trazia o câmbio de quatro velocidades manual para dar mais vivacidade ao modelo.
Com esses números o Opala Comodoro fazia de 0 a100 em 15,3 segundos e atingia a máxima de 165 km/h, números chamativos para um modelo que nasceu na metade dos anos 1970.
No interior do Opala Comodoro, a Chevrolet apostava alto no requinte com apliques de jacarandá, bancos dianteiros reclináveis, fora o belíssimo volante com um aplique de madeira ao centro e com o nome Comodoro escrito no centro.
Outros itens como direção hidráulica e ar condicionado completavam o requinte numa época onde quanto mais melhor.
No ano seguinte o Opala Comodoro recebe uma nova opção de motorização chamada 250-S, que trazia tuchos mecânicos, maior taxa de compressão, um novo comando esportivo e carburador duplo, que resultavam em uma potência maior.
Para 1977, o Opala Comodoro recebe a opção de um câmbio com relações mais longas e um novo motor de quatro cilindros com 98 cavalos.
O Opala Comodoro veio com o intuito de substituir a linha Gran Luxo e revitalizar a marca perante as rivais que começavam a apresentar modelos como o Ford Landau e o Dodge Dart em suas versões mais completas e luxuosas.
Prova disso foi a incrível marca de 500.000 unidades vendidas do Opala, alcançada em 1978, provando que a Chevrolet ainda tinha muito prestígio perante seus concorrentes e um apreço enorme de seus clientes.
A linha Opala Comodoro ganharia uma profunda reformulação no início dos anos 1980 e perduraria com algumas alterações até o final de sua linha em 1992.
Opala Comodoro nos anos 1980
Ao atravessar a linha do tempo e chegar nos anos 1980 o Opala provava que modelos grandes ainda tinham sua visibilidade e estavam em voga.
No caso do Opala Comodoro ele ainda tinha seu status de modelo de luxo, mas agora ficava num patamar abaixo do Diplomata, o novo modelo topo de linha do Opala.
Mesmo com esse novo reposicionamento o Opala Comodoro mantinha um status luxuoso.
A carroceria ganhava novas linhas condizentes com o estilo da época, saem de cena as linhas curvilíneas e entram as linhas mais retas e com cantos mais angulosos.
Na dianteira mesmo os faróis redondos dão lugar aos novos mais retangulares, com as luzes de indicação de seta nas laterais de cor laranja.
A grade do Opala Comodoro fica ligeiramente menor e ostenta no centro o logo azul da Chevrolet. O capô continuava longo, mas agora tinha menos linhas salientes e nas laterais um friso com apliques cromados contornava o modelo.
As janelas não tinham moldura e passavam a esportividade do modelo na versão cupê.
No interior, um novo painel com elementos mais retangulares e quadrados entra no lugar do luxuoso e suntuoso painel do Opala Comodoro de 1975.
Agora o ambiente dentro do Opala Comodoro está mais sóbrio e elegante com revestimento de tecido na cor preta por todo o interior. O plástico também começa a dominar o interior, prevendo um futuro sem volta.
O Opala ainda oferecia pintura metálica, direção hidráulica, câmbio de quatro velocidades e retrovisor direito (sim foi o que você realmente leu) como opcionais de fábrica.
Na parte mecânica, o novo Opala Comodoro recebia hélice no radiador com embreagem eletromagnética e válvula equalizadora no freio.
Para 1982 o Opala Comodoro ganhava um novo tanque de combustível maior, com 84 litros, que mal cabia no seu lugar de origem que acabava invadindo o porta malas.
Por falar nele, agora ganhava abertura elétrica. Na traseira o modelo perde as icônicas lanternas redondas duplas e recebe no lugar lanternas retangulares com elementos simples e condizentes com a época.
Para tentar bater a crescente vantagem que o moderno Monza tinha, a Chevrolet introduziu em 1988 a versão SL/E no Opala Comodoro e fez com que o modelo resistisse por mais um tempo.
No mesmo ano a linha Comodoro recebe a coluna de direção ajustável, saídas de ar para os passageiros do banco traseiro, temporizador nos vidros, bem como luz interna e outros pequenos mimos para deixar o interior ainda mais confortável e luxuoso.
Em 1979 a Chevrolet apresenta uma nova versão que ficou acima do Opala Comodoro, chamada de Diplomata.
Como a Chevrolet tinha o Opala Comodoro, o Diplomata precisava ter mais requinte para se fazer valer como modelo mais caro da gama.
O modelo Comodoro se despediu do mercado em 1992 quando completava também mais de 1 milhão de unidades vendidas.
Fonte: Notícias Automotivas