Precisamos dar fim nestas jogadas políticas de criar obras, construir com dinheiro público, inaugurar e depois demolir. Ao que parece, a prática está se tornando rotina
Recentemente (março de 2020) com a mortalidade pela Covid-19 ainda próxima de zero, foi declarado o estado de emergência para construção de hospitais de campanha. Hoje, menos de quatro meses depois, com um número significativo de mortes no Estado, em ação ilógica, forçam a desativação desses hospitais cuja construção e implantação custaram fortunas ao erário. Gastos que, pelo vulto, atiçaram a cobiça de muitos, o que culminou em desvios praticados por integrantes do Executivo Estadual e empresários corruptos.
Isso é vergonhoso, principalmente por terem eles quebrado todos os juramentos de ética profissional, em especial o atual presidiário e ex-secretario de Saúde do Estado – médico coronel ou coronel médico – crime agravado, ainda mais, pelo momento da pior pandemia por que passa a sociedade mundial nos últimos cem anos.
Fácil entender tal absurdo e desumanidade já que o nome deixa tudo muito evidente: a verba era para o hospital de CAMPANHA.
A CAMPANHA para construção de um novo autódromo segue na mesma linha de atuação, querem criar a necessidade da obra, devastar o meio ambiente já sofrido, para atender os caprichos e passa-tempo dos ricos, os famosos Reis da Direção e os Reis das Marcas Automobilísticas.
Nada contra que arrisquem suas vidas brincando com seus carrinhos para ao final se banharem com champanhe francês e os pobres do povo os ver pela televisão, ou acham que a maioria da nossa sociedade pode pagar ingressos com preços absurdos para assistir de perto a corrida?
No passado já se construiu um autódromo com o erário, foi inaugurado, mal gerenciado e demolido em nome da especulação imobiliária.
A quem interessa isso? Inocência não saber.
Porque não investimentos maciços em escolas técnicas? Em formação de verdadeiros cidadãos?
Não haverá resposta que convença a nós, os BOBOS DA CORTE acreditar em mais esta CAMPANHA.