Para as moléstias do corpo há vários remédios; para as da alma só há um: o amigo

“Em nosso tempo, aprendemos a submeter a amizade àquilo que chamamos de convicções. E até mesmo com o orgulho de uma retidão moral. É preciso realmente uma grande maturidade para compreender que a opinião que nós defendemos não passa de nossa hipótese preferida, necessariamente imperfeita, provavelmente transitória, que apenas os muito obtusos podem transformar numa certeza ou numa verdade. Ao contrário da fidelidade pueril a uma convicção, a fidelidade a um amigo é uma virtude, talvez a única, a última. Hoje, eu sei: na hora do balanço final, a ferida mais dolorosa é a das amizades feridas: e nada é mais tolo do que sacrificar uma amizade pela política ou por uma pretensa convicção” – Milan Kundera, escritor tcheco, autor do best seller A Insustentável Leveza do Ser

E eu acrescento

A maturidade vem com o crescimento mental e espiritual, o que nos leva a saber controlar nossos impulsos e estados internos como raiva, desconfiança e ressentimentos. Aprendemos também a lidar com as mudanças em nossas vidas. A maturidade nos leva a analisar as situações com discernimento e percepção corretos, antes de realizar qualquer julgamento. Para poucos, infelizmente.

Fonte: Recanto das Letras
Arnaldo Agria Huss