VACINAS

31/10/2020
| Colunista: , Glenda Maier
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Assunto: , Saúde

Não faz diferença a nacionalidade, o partido político, a cor, a raça ou a religião dos que tentam encontrar a vacina, o que importa é que seja encontrada uma e/ou várias vacinas capaz(es) de imunizar toda a população do planeta

Glenda20201031

Minha mãe trabalhou no Instituto Nacional Contra a Tuberculose, lembro-me ainda do pavor que esta doença causava. Foi em 1921 que Leon Calmette e Alphonse Guérin criaram a BCG, vacina contra esta doença, que poupa cerca de 40.000 vidas por ano. Recentemente ouvimos falar sobre a volta da tuberculose, o motivo? As pessoas pararam de se vacinar.

Minha avó teve um ferimento no dedo que desenvolveu uma infecção que levaria, inevitavelmente ao tétano, ela conseguiu controlar apesar de perder a ponta do dedo. Em 1884 Carle e Ratoone descobriram o princípio da doença e a vacina passou a ser dada à população, consequência: de 120.000 casos por ano, hoje em dia o número de vítimas do tétano tende a zero.

Na minha juventude era comum encontrar pessoas com uma perna totalmente atrofiada por causa da poliomielite, sem contar que vários morreram. Albert Sabin criou a vacina e caímos de 70.000 casos por ano para um simples número zero.

Meu tio Rodolfo tinha o rosto totalmente esburacado. Ele teve varíola, sobreviveu, mas ficou marcado. Edward Jenner, em 1796, criou a vacina e ajudou a erradicar essa grave doença.

A vacina conta o sarampo reduziu as epidemias que chegaram a atingir 4.500.000 crianças para aproximadamente 100 casos. Se o sarampo voltar a assustar os pais e a matar crianças a responsabilidade é dos que se recusam a vacinar os pequenos.

Todos os anos corro ao posto de saúde para tomar a vacina contra a gripe, ela não me impede de ter fortes resfriados, mas até hoje não precisei ir ao hospital para tratar de uma gripe.

Agora o mundo reza e suplica a Deus pela existência de uma vacina contra esta praga chamada COVID-19. Para nós, vítimas desta terrível epidemia, não faz diferença a nacionalidade, o partido político, a cor, a raça ou a religião dos que tentam encontrar a vacina, o que importa é que seja encontrada uma e/ou várias vacinas capaz(es) de imunizar toda a população do planeta.

Criar conflito sobre a legalidade, ou não de obrigar o uso da vacina só serve para desservir. Nosso governo deveria estar incentivando a criação e o uso da vacina, seja ela qual for.

Como cidadã fico indignada ao ver que existe um movimento puramente político contra uma das vacinas e uma orientação errônea de não obrigar os indivíduos a se vacinar.

Não podemos esquecer que a liberdade de um termina onde começa a liberdade do outro. Se uma pessoa não quer se vacinar ela me põe em risco de ser contaminada e eu tenho o direito de tentar me proteger, portanto, o direito dela de não se vacinar acaba no momento em que esbarra no meu direito de não querer ser contaminada.

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