Adolescência

25/03/2018 |
Assunto: , Comportamento, Saúde

Como entender e ajudar quando essa fase vem acompanhada de uma depressão?

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A adolescência é marcada por muitas mudanças, podendo ser alvo da depressão. Neste período, o adolescente se envolve com muitos compromissos, atividades extracurriculares, apelos da sociedade (tais como bebida, modismo, aceitação social, consumismo, comprovação da orientação sexual etc.), responsabilidades com a escola, mudanças no corpo, início da assunção de responsabilidades, pressão social, construção da autonomia e perversão natural dos grupos escolares, dentre muitas outras. Ao se defrontar com tantas situações conflituosas, podem surgir angústias e preocupações intensas que podem dar início a um quadro depressivo.

É importante destacar que a depressão possui vários sintomas, mas nem todos se manifestam em todos os pacientes, pelos mesmos motivos e da mesma forma. Cada caso possui sua particularidade: os conflitos emocionais, sociais, cognitivos, familiares, relacionais e comportamentais podem gerar depressão.

Constantemente, vemos muitos adolescentes adoecerem por motivos diversos como separação dos pais, perda de um familiar ou amigo, cobrança social e familiar por necessidade de um comportamento dito correto ou aprovado, situações de bullying, conflito por querer corresponder aos padrões de beleza ou status social, corresponder academicamente a um desempenho competitivo, agressões físicas e/ou sexuais, o uso abusivo de drogas lícitas ou ilícitas e muitos outros. Além disso, ainda temos as questões hereditárias e fisiológicas que também são fortes e significativas.

No entanto, muitos sintomas que surgem em adultos nem sempre aparecem inicialmente nos adolescentes. Por ser uma fase com mudanças hormonais intensas, o adolescente pode apresentar sintomas e não estar deprimido.

É importante observarmos toda e qualquer mudança no comportamento dos jovens e ficarmos atentos aos principais sinais:

* Irritabilidade e/ou instabilidade emocional
* Humor deprimido
* Perda de energia
* Desmotivação e desinteresse
* Sentimentos de desesperança e/ou culpa
* Alterações do sono (em excesso ou falta)
* Isolamento
* Dificuldade de concentração
* Prejuízo no desempenho escolar
* Baixa autoestima
* Ideias e tentativas de suicídio

O acompanhamento e o diálogo dos pais na rotina dos adolescentes são fundamentais para a construção da identidade e para o amadurecimento emocional/social dos jovens, transmitindo, assim, confiança e segurança ao processo de desenvolvimento psicossocial.

“A maioria dos adolescentes relata sentir-se amada e aceita por seus pais e percebe os pais como modelo a ser seguido e como fonte de orientação…” (Berger, Kathleen, 2003).

Ao notar mudanças significativas no comportamento de seu filho, busque a avaliação de um profissional da área de Saúde Mental (médico, psicólogo) para descartar o sofrimento causado pela depressão. Quando cuidada inicialmente, os prejuízos à saúde serão minimizados e a adolescência transcorrerá de forma saudável.

O sucesso ou fracasso dos outros inumeráveis papéis que vamos assumindo ou que nos são adjudicados, ao longo de nossa história (aluno, profissional, por exemplo), dependerão, em grande parte, do sucesso ou não das nossas relações dentro do sistema familiar.

Claudia da Silva Ribeiro Ferreira Psicóloga/Psicopedagoga
Terapeuta de Família Orientadora Profissional CRP 05/43153
Tel: 998713486/34576201 Consultórios: Vila da Penha/Barra da Tijuca

Rita Vargas Psicóloga/Neuropsicóloga/Psicopedagoga Orientadora Profissional CRP 05/43154
Tel: 99784-4202

Fonte: Revista Hilmar 34

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